O Espírito Santo é cheio de belezas naturais, com lindas praias, cachoeiras e reservas naturais, a região capixaba é procurada por muitas pessoas como destino turístico. Entre os destaques deste pequeno estado do Brasil, a culinária capixaba possui uma tradição pesqueira, herdada da cultura indígena e negra.
Além disso, a gastronomia capixaba possui muitas influências externas que se misturaram ao longo dos anos. Entre elas estão a culinária portuguesa, africana e dos povos do norte da Europa, que com isso, possibilitaram novos ingredientes e novas formas de preparo de pratos tradicionais. A seguir vamos apresentar os principais pratos do Espírito Santo e um pouco de suas origens.
Moqueca capixaba
Provavelmente sendo o prato mais típico do estado, a moqueca capixaba tem a tradição de não usar água em sua receita. Levando ingredientes frescos como peixe, camarão e vegetais, esta comida é preparada nas panelas de barro, criadas artesanalmente pelas paneleiras de Goiabeiras.
Existe uma expressão popular na região que diz que “moqueca é a capixaba, o resto é peixada”. Esta frase traduz o sentimento dos capixabas pelo prato que, apesar de muito comum no norte e no nordeste, é feito sem azeite de dendê e leite de coco. A disputa com a moqueca baiana existe, mas de uma forma bem-humorada, já que as duas seguem receitas diferentes.
Por ser um prato muito tradicional no Espírito Santo, é possível prová-lo em qualquer lugar da região. Apesar de geralmente ser preparado para uma média de seis pessoas comerem, existem porções individuais ou para casais. Por conta disso, recomendamos que, ao visitar o estado, não deixe de provar essa iguaria tradicional.
Torta capixaba
Este prato é o prato oficial da Semana Santa do Espírito Santo. As suas origens remontam a 400 anos e envolvem as tradições das comunidades costeiras e aldeias piscatórias. Essas pessoas viviam à beira de praias e manguezais.
Além de comer peixes e mariscos durante a maior parte do ano, este é o menu oficial da Quaresma – o período de abstinência de carne vermelha. Esta tradição secular é mantida independentemente das crenças religiosas, principalmente na região e carrega em si importantes traços do catolicismo atrelada à alimentação local no jejum da Semana Santa.
Este prato também é cozinhado e servido na tradicional panela de barro. Segundo o chef Thiago Correia, professor da Grão Gourmet, a torta capixaba é preparada com uma mistura de vários mariscos (ostra, sururu, camarão, peixe, bacalhau) e vegetais como tomate, cebolas e palmito. “Tdos esses ingredientes são assados e cobertos com uma camada esponjosa de ovos com cebolas e azeitonas.
Caranguejada
Devido à geografia do Espírito Santo, os crustáceos são um ingrediente comum na culinária capixaba. Por exemplo, os caranguejos são muito populares. O consumo e a pesca de animais eram os costumes dos primeiros povos a habitar a ilha de Vitória, capital. Mas até hoje, o prato ainda é popular entre os moradores e turistas.
Panelas de barro
Segundo o chef Thiago Correia, uma característica marcante da cozinha capixaba é o uso da já citada panela de barro, que é um utensílio tombado como patrimônio imaculado do Espírito Santo. “Ela é feita de barro colhido principalmente na região de Santo Antônio. Sua construção é moldada a mão livre, que é queimada e tingida com seivas de plantas do próprio mangue da região de Goiabeiras, em Vitória. Isso torna qualquer comida feita neste utensílio um marco da culinária capixaba”, afirma o professor.
O local mais tradicional para a produção dessas panelas é a parte norte da Ilha Vitória, conhecida como Goiabeiras. No início, eram feitas nos quintais das casas dos artesãos, mas hoje têm espaço próprio para trabalho.
As peças são adquiridas pela própria população e pelos turistas. São vendidos diretamente nos diretamente no galpão da Associação das Paneleiras e nas lojas de artesanato. Outros destaques capixabas são as Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras, que têm destaque na cultura popular de Vitória.
Aprenda a culinária capixaba na Grão Gourmet
Aprender receitas típicas de regiões diferentes pode ser uma tarefa desafiadora, principalmente se você não sabe por onde começar. Porém, com os professores certos, é possível aprender a cozinhar até os pratos mais complexos.
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